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Compreensão da política dos “Coelhos”em Petrolina

As eleições em Petrolina desde os governos coelhistas entre 1949 a 1982, aconteciam em uma polarização que sempre dividiram opiniões. Os grupos políticos eram bem definidos. De um lado, Nilo Coelho sob a supervisão de seu pai, Clementino Coelho ante as manifestações de oposição do empresário João Barracão, baiano de Senhor do Bonfim, instalado nessa Petrolina PE. dos anos 1940 e 1950.

Eleições duríssimas, marcadas por radicalismos onde a UDN, matriz dos atuais partidos que compõem a base aliada a Messias Bolsonaro, com protagonismo agora do DEM e parte do MDB onde quem manda é o senador Fernando B. Coelho. A família Barracão integrava o PSD nesse período de polarização tremenda em Petrolina no período mencionado. E que inspirou o Brizolismo anos depois nacionalmente. Em Pernambuco, as forças consideradas de esquerda, cozinhavam em terreno fertilizado por Miguel Arraes de Alencar, exilado rapidamente em 1964, na condição de governador. Petrolina nesse mesmo ano, registrava José de Souza Coelho, como prefeito da cidade. Os Coelho tinha a hegemonia do lugar, contrapondo-se ao coronel Fernando Bezerra, aliado histórico de Miguel Arraes. Sim, Fernando Bezerra, avô do atual senador FBC e bisavô do atual prefeito de Petrolina, Miguel Coelho.

Nilo Coelho foi deputado estadual e federal. Virou governador biônico, eleito em fechada assembléia legislativa no regime militar de Costa e Silva, em 1968. Nomeou Osvaldo Coelho seu irmão, Secretário da Fazenda. Nilo era médico de formação. Osvaldo era advogado. Osvaldo também testou e foi eleito deputado estadual e federal, muitos mandatos. Essa dupla histórica de políticos nunca mudou de palanque nem da ideologia construída em princípios conservadores da direita. Já o senador Fernando B. Coelho, tem mudado de partido em franca visão partidária que consome princípios interessantes aos comunistas e extremistas da direita uma vez acomodados em seus palácios governistas. Fernando foi ministro de coloração petista no governo Dilma de natureza socialista. Agora, FBC acomoda seu mandato como líder de um governo Bolsonaro estribado, em filosofia da extrema direita. Com um discurso onde a base pede ditadura, com dissolução do STF e Congresso Nacional.

As eleições em 2020 na cidade de Petrolina, tem contornos políticos que podem ou não, obter um verniz ideológico entre as militâncias já orientadas e qualificadas em ser esquerdistas e esquerdopatas de um lado, e, protofascistas e Bolsonaristas da direita, por outro.

Petrolina, através da família Coelho sempre viu um caminho mais curto para Brasília. A política exercida por Nilo e Osvaldo Coelho, demandou um arco de alianças, homogêneo, de tom governista entre udenistas. Sem trégua ou paquera política com cardeais socialistas ou do gênero. Só neste milênio é que Osvaldo Coelho permitiu-se avançar numa aliança com tucanos de retrospecto meio esquerda, como Paulo Renato Souza e José Serra sob o carimbo de FERNANDO Henrique Cardoso(PSDB) que depois derreteu a ideologia e preferiu outros ninhos. Ainda de meados dos anos 1990, Osvaldo juntou a Jarbas Vasconcelos, antigo desafeto do seu irmão Nilo que derrotou em 1978 o MDB “comunista” desse mesmo Jarbas. Nilo fez dobradinha de urna pra derrotar o MDB que “agora ri de tudo isso” turbinada com a ciência política incompreensível do senador FBC radicado nessa Petrolina mística, porém presente em todos os governos federais. Enumerando gente que vota, apresentando uma eleição a cada estampido de poder diferente em Brasília. A esquerda sempre namorou Petrolina em indisfarçáveis presenças de eleições presidenciais, onde Lula e Dilma, se apresentaram com proposta estelar. A cidade agora em campanha remota, mal sabe o que lhe aguarda em urnas silenciosas, combinadas a um modo diferente de se votar.

Por Marcelo Damasceno/Repórter de Petrolina PE.

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